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sexta-feira, 16 de setembro de 2011


 
Poesia Matemática    
      Millôr Fernandes

Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.

E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.

Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.

E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.

E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.

E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.

Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.

Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.

Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.

Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.

Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.

Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.

Texto extraído do livro "Tempo e Contratempo", Edições O Cruzeiro - Rio de Janeiro, 1954, pág. sem número, publicado com o pseudônimo de Vão Gogo.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Grupo de dança da Escola Aparício

O Grupo de dança da Escola Aparício, liderado pelo aluno e coreográfo Emerson, fez uma linda apresentação no desfile do Dia 7 de Setembro. Confira nas fotos abaixo.

































PARABÉNS A TODOS!

 O APARÍCIO TEM MUITO ORGULHO DE VOCÊS!!!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Texto reflexivo


Professor Jeovane contando um "causo" na Reunião de Pais e Mestres

ONDE ESTÁ O TEU ÓDIO?


ALUNO 01 = Na impaciência das incertezas da vida?
ALUNO 02 = No desespero de um ato impensado?
ALUNO 03 = Na insatisfação de um sonho desfeito?
TODOS = ONDE ESTÁ O TEU ÓDIO?
ALUNO 04 = Na busca da vingança inconsequente?
ALUNO 05 = No sorriso sórdido da desfaçatez?
ALUNO 06 = Na fome insana pelo sucesso?
TODOS = ONDE ESTÁ O TEU ÓDIO?
ALUNO 01 = Na incapacidade de compreensão do outro?
ALUNO 03 = No desrespeito ao princípio da vida?
ALUNO 05 = Na ganância de querer sempre mais?
TODOS = ONDE ESTÁ O TEU ÓDIO?
ALUNOS 01,02 e 03 = PARA QUÊ TANTO ÓDIO?
ALUNOS 04,05 e 06 = PARA QUÊ TANTA INVEJA?
TODOS = QUERES TER ÓDIO?
TODOS = QUERES TER INVEJA?
ALUNO 01 = Tenhas ódio da falta justiça que condena os inocentes.
ALUNO 03 = Tenhas inveja do amor desmedido pela vida.
ALUNO 05 = Tenhas ódio da pobreza de espírito que estraga o caráter.
ALUNO 02 = Tenhas inveja da felicidade gratuita estampada no semblante das crianças.
ALUNO 04 = Tenhas ódio dos vícios humanos que destroem as famílias.
ALUNO 06 = Tenhas inveja da satisfação contrita daqueles que fazem o bem sem olhar a quem.
ALUNO 01 = Tenhas ódio, mas nunca tenhas inveja da FALTA DE AMOR (TODOS) entre os homens pois aí está a verdadeira origem de TODO ÓDIO (TODOS) e de TODA INVEJA (TODOS).
ALUNO 03 = VIVA A VIDA.
TODOS = MAS A VIVA SEM ÓDIO E SEM INVEJA

Autoria: Jeovane Gomes de Azevedo

sábado, 10 de setembro de 2011

Salvo pela Gentileza


Conta-se uma história de um empregado em um frigorífica da Noruega.
Certo dia ao término do trabalho foi inspecionar a câmara frigorífica. Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro da câmara. Bateu na porta com força, gritou por socorro, mas ninguém o ouviu. Todos já haviam saído para suas casas e era impossível que alguém pudesse escutá-lo.
Já estava quase cinco horas preso, debilitado com a temperatura insuportável. De repente a porta se abriu e o vigia entrou na câmara e o resgatou com vida.
Depois de salvar a vida do homem, perguntaram ao vigia:
Porque foi abrir a porta da câmara se isto não fazia parte da sua rotina de trabalho?
Ele explicou: Trabalho nesta empresa há 35 anos. Centenas de empregados entram e saem aqui todos os dias e ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã e se despede de mim ao sair.
Hoje pela manhã ele disse "Bom dia" quando chegou.
Entretanto não se despediu de mim na hora da saída. Imaginei que poderia ter-lhe acontecido algo. Por isto o procurei e o encontrei...
Pergunta: Será que você seria salvo?

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Fotos da 2ªapa do Projeto de Intervenção

A 2ª etapa do Projeto de Intervenção "Resgatando Vidas" foi muito especial. Confira nas fotos...








































... Faltaram as fotos do noturno. Aguardem!